Rômulo Vitelli traz dicas para o tutor entender quando seu pet precisa de um oftalmologista

A região dos olhos dos pets, assim como para humanos, é uma área muito delicada e propícia para incidentes ou mesmo doenças que podem se tornar graves e até necessitar de procedimento cirúrgico. Por isso, é preciso entender os sinais para saber quando seu pet precisa de um oftalmologista.

Muitas vezes, a doença pode ser lenta e silenciosa, mas ela dará sinais de alerta e o tutor pode observar isso na rotina do cão ou gato de estimação. Para auxiliar os tutores nessa tarefa, o veterinário oftalmologista do Núcleo Doctor Vet, Dr. Rômulo Vitelli, separou algumas dicas de alerta.

Segundo o veterinário, um dos pontos a se observar, é a coloração do olho. “Se a parte branca do olho estiver ficando muito vermelha, o tutor precisa ficar em alerta”, lembra.

Outro ponto é quando o pet está com os olhos mais fechados que o normal, como se o animal tivesse desconfortável com alguma situação, como a luminosidade ou como se tivesse um cisco em seu olho.

Outra questão a ser observada para saber se o pet precisa de um oftalmologista é a quantidade de secreção nos olhos. “O aumento na quantidade de lágrima transparente ou a presença de uma secreção com mudanças de coloração – tons esverdeados, são indicativos de algum problema oftalmológico”, afirma o médico veterinário.

Manchas e tamanho

Dr. Rômulo reforça que o surgimento de qualquer mancha nos olhos deve ser avaliado por um profissional veterinário. “Um sangramento na região oftálmica é muito perigoso e deve ser avaliado de forma rápida”

A alteração de tamanho do globo ocular também é indicativo de alerta. “Se o tutor percebe que um olho está maior que o outro, durante o crescimento o pet ou mesmo na fase adulta, é preciso uma avaliação do caso”.

A observação do tutor em relação a cegueira deve levar em conta a rotina do animal. “Se o animal se bate em objetos, tem medo de caminhar ou de subir e descer escada, ele pode estar com um quadro de perda de visão”, alerta.

Variação da secreção

Os animais de focinho cumprido geralmente não apresentam secreção em excesso. É comum a secreção ocorrer no início da manhã e pode ser limpa com agua filtrada ou soro fisiológico, com auxílio de uma gaze ou algodão.

Mas nos casos das raças braquicefálicas, com focinhos achatados, como Shih-tzu, Lhasa apso e Pug, há uma tendência, por conta da forma fisiológica e anatômica destas raças, de ter maior quantidade de secreção. “Essas raças, geralmente, têm uma secreção gelatinosa de cor branca ou acinzentada de forma normal, devido a falhas no sistema de drenagem das lágrimas”, comentou.

Cantos dos olhos

Os cães de focinho curto podem apresentar uma doença com a formação de pelos na região da junção da pálpebra superior com inferior. Esse acúmulo fica no canto do olho, próximo ao nariz.

“Essa quantidade de pelos em excesso gruda uma parte da lágrima, mais gelatinosa, e acumula. Se o paciente não tiver desconforto, nem olho vermelho ou mudança da coloração da secreção, basta fazer a higienização. Mas a qualquer sinal de desconforto, o tutor deve procurar o veterinário oftalmologista”, finaliza Dr. Rômulo.

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