Assumir a posse responsável de um pet requer cuidados especiais e dedicação

Se você quer ter um pet, é preciso ficar ciente de todos os deveres que envolvem a posse responsável. A aceitação e o comprometimento do tutor devem atender as necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal.

Esses são os princípios básicos da guarda responsável. É obrigação do tutor prevenir os riscos (potencial de agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros) que seu animal possa causar à comunidade ou ao ambiente. O abandono é crime.

No entanto, na prática, a situação não é bem assim. Segundo dados da World Veterinary Association, há cerca de 200 milhões de cães abandonados no mundo. No Brasil, são 30 milhões de animais nessa situação. Os dados são de 2018.

Causas do abandono

Um levantamento produzido pelo Ibope mostra que apenas 41% dos tutores afirmam que levariam o animal junto, caso tivessem que se mudar. Na pesquisa, 14% dos brasileiros que já tiveram um cão ou gato justificaram a separação por causa da mudança de endereço.

Doença do pet, comportamento inadequado, ninhada inesperada, falta de dinheiro ou de tempo foram motivos apontados por outros 14% dos entrevistados.

A situação se agrava quando chega o período de férias. Segundo entidades protetoras de animais, no Brasil, a quantidade de cães e gatos abandonados aumenta em 20%, em média.

“Quando a pessoa assume a responsabilidade de um pet, ela precisa ter essa consciência. O animal é dela em qualquer época do ano. É preciso se prepara para momentos como as férias, por exemplo. Abandonar o cão ou gato nesse período simplesmente porque não consegue outra solução é crueldade”, alerta a veterinária Eliana de Farias.

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Sem castração

Os levantamentos sobre o tema também apontam outro problema recorrente: a negligência do tutor com a castração. Ela não é preocupação para a maioria dos tutores.

Segundo dados, 42% das pessoas que têm cães e gatos no Brasil não castram seus animais. Isso acontece por desinformação, desinteresse ou falta de recursos.

Aqui no blog Doctor.Vet já falamos sobre o procedimento de castração. É uma cirurgia simples e sem sofrimento para o animal.

Um total de 32% dos tutores não vermifugam seus animais anualmente e quase metade afirmam não ter condições financeiras para pagar consultas com o veterinário. Outros 68% desconhecem a necessidade de aplicação de outras vacinas além da antirrábica.

“O acompanhamento de um veterinário é muito importante. O profissional não deve ser consultado apenas quando o cão ou gato está doente. O pet também precisa de consultas de rotina”, afirma Dra. Eliana.

A profissional lembra que, da mesma forma que o animal sente alegria, ele sente dor, angústia e solidão.

Cuidados básicos

Atenção, carinho, passeio com guia, consultas de rotina ao veterinário, um abrigo seguro e higienizado em casa, além de comida e água são os cuidados básicos para um pet.

O abandono é crime e deve ser denunciado. A Lei de Crimes Ambientais (9608/98) prevê penalidades para abandono e maus-tratos de animais que vão de três meses a um ano de detenção, além de multa a partir de R$ 500.

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