Parte 6 - Toxoplasmose na Gestação![]() Como já citado no Post anterior, a Toxoplasmose é uma doença que costuma passar despercebida em pessoas saudáveis, mas é grave em pacientes imunossuprimidos e gestantes. Neste post, abordaremos a Toxoplasmose na Gestação, seus riscos e os cuidados que devem ser adotados, principalmente as proprietárias de gatos. A Toxoplasmose é motivo de preocupação para quem engravida, principalmente nos três primeiros meses. Ela pode causar algumas alterações encefálicas do feto, levar a cegueira e a retardos mentais. Geralmente o prognóstico é ruim. As gestantes que já contraíram o parasita antes de engravidarem não correm o risco de transmitir para o feto, o risco de Toxoplasmose na gestação ocorre nas mães que nunca tiveram contato prévio com o parasita. Como o Gato é o único hospedeiro que consegue eliminar a forma infectante através das fezes, ficou com o papel de vilão da doença. Porém o gato não é o principal disseminador da doença. Há mais chances de se contrair a doença tomando água contaminada, comendo carne vermelha crua e salada não lavada de forma adequada. Portanto se em seus exames pré-natais ficar constatado que a gestante não foi exposta ao parasita antes da gestação, alguns cuidados devem ser tomados. Deve-se evitar consumir carnes mal passadas (principalmente de porco), lavar bem as frutas e vegetais antes de comê-los, lavar bem facas e pratos que tiveram contato com carne crua, não consumir carne de procedência não confiável, evitar beber água não engarrafada, não manusear terra e jardins. Caso a gestante não tenha sido exposta ao parasita da Toxoplasmose e tenha gatos em casa, não precisa se desfazer deles, basta tomar alguns cuidados para evitar a infecção. - Leve o seu gato ao veterinário para saber seu estado imunológico. - Peça alguém para limpar diariamente a caixinha de areia com fezes do gato, tente não entrar em contato com as fezes do felino. - Sempre alimente seu gato com ração e evite dar carne crua. - Evite deixar o gato sair de casa, para que ele não corra o risco de contrair o parasita. Se o seu gato é bem cuidado, alimenta-se corretamente e não costuma andar livremente pela rua, a chance dele ter toxoplasmose é muito pequena. Quando as grávidas tomam os devidos cuidados, a taxa de contaminação é baixa. Atualmente, menos de 8 em cada 1000 (isto é, 0,8%) gestantes com sorologia negativa para toxoplasmose acabam por se infectar durante a gravidez. M.V. Humberto Martins Especializado em comportamento de Felinos www.cuidadordegatos.com Fontes: http://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose#v1017515_pt http://www.mdsaude.com/2010/08/toxoplasmose-gravidez-toxoplasmose.html
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Parte 5 - ToxoplasmoseA toxoplasmose é uma doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii, presente em todo o planeta e com elevada prevalência na população mundial. Para se ter ideia do quão comum é a infecção pela toxoplasmose, estima-se que cerca de 1/3 da população mundial já tenha entrado em contato com este parasita.
E a toxoplasmose não é uma doença restrita apenas a países em desenvolvimento; cerca de 80% da população de Paris e 70% dos americanos apresentam sorologia positiva para este protozoário. Mas se a toxoplasmose é uma doença tão comum, por que ouvimos falar tão pouco nela? Na verdade, o sistema imune da maioria das pessoas é forte o suficiente para impedir que o Toxoplasma gondii consiga nos fazer algum mal. A grande preocupação em relação a toxoplasmose está nas mulheres grávidas e nos pacientes imunossuprimidos, ou seja, com sistema imune debilitado como transplantados, HIV positivo, pacientes em quimioterapia ou em uso de drogas imunossupressoras. Os gatos são os chamados hospedeiros primários, por serem a espécie em que o parasita consegue completar seu ciclo reprodutivo, sendo então os ovos (oócitos) liberados pelas fezes do gato na terra ou areia sanitária. Um dado importante é fato do oócito só se tornar infectante após 24-48 horas no solo. Por isso, é importante limpar diariamente as caixas de areia dos gatos a fim de evitar que os ovos do toxoplasma se tornem viáveis para transmissão. Os outros animais, apesar de não disseminarem ovos de toxoplasma pelo ambiente como os gatos, também podem ser vias de transmissão da toxoplasmose. Uma vez que o parasita se aloja nos tecidos dos animais contaminados. Assim, ao comermos carnes mal passadas o toxoplasma pode entrar em nosso organismo. As principais carnes com risco de transmissão são as de porco, carneiro e veado. É importante ressaltar que o animal não precisa estar doente para ter o toxoplasma em seus tecidos. Assim como ocorre em nós humanos, havendo um sistema imune intacto, o toxoplasma fica presente nos animais sem causar doença, apenas adormecido em seus tecidos. Se sua carne não for bem cozinhada, o parasita sobrevive e contamina o trato digestivo de quem o está ingerindo. O simples ato de manusear carne crua com toxoplasma é suficiente para contaminar mãos e utensílios de cozinha como facas e pratos. Um cozinheiro que prepara uma carne com toxoplasma, se não lavar as mãos, pode contaminar a si próprio e também outros pratos que venha a preparar. Comer alimentos como frutas e verduras originários de solo contaminado por fezes de gatos também é uma via de transmissão. Lavar bem os alimentos antes de comê-los é uma medida eficaz para se reduzir a transmissão da toxoplasmose. A transfusão de sangue e durante a gravidez (que discutiremos em outra oportunidade) também são outras formas de transmissão. Até 90% das pessoas sadias que se contaminam com o toxoplasma gondii, independentemente da via de transmissão, permanecerão assintomáticas indefinidamente. Nas aquelas poucas pessoas imunocompetentes, ou seja, com sistema imune sadio, que venham a desenvolver a doença toxoplasmose, o quadro clínico costuma ser brando, com sintomas semelhantes a um quadro gripal inespecífico com febre, dor muscular, cansaço, dor de cabeça e rash cutâneo. O diagnóstico é feito através da sorologia e o tratamento dependerá da presença de sinais clínicos. IMPORTANTE: Ao contrário do que muito pensam, o gato não é o vilão, nem mesmo durante a gestação! Se estiver em duvida converse com seu médico ou um médico veterinário. Fonte: http://www.mdsaude.com/2010/08/toxoplasmose-igg.html (09/03/2017 - 13h07) Parte 4 - Dermatofitoses![]() A dermatofitose é uma doença causada por um fungo transmissível entre os animais e seres humanos, que alimentam-se de queratina (proteína presente na pele de humanos e animais). Infectam os tecidos superficiais constituídos por células mortas e queratinizadas, como as da pele, pelos (incluindo cabelo e pelos) e unhas, mas não afetam os tecidos vivos. Podem ter vida livre, viver em outros animais ou inclusive alguns podem ser transmitidos de humanos a humano ou por objetos intermediários como toalhas e piscinas(fômites). Os principais sintomas são falhas nos pelos, além de crostas e descamação da pele. A coceira pode ou não estar presente. E o yourshire, entre os cães, é a raça com maior predisposição para desenvolver a doença. Já nos humanos as lesões são arredondadas, vermelhas e coçam bastante. Vale lembrar que para o rápido e correto diagnóstico é impostante a inspeção com lâmpada de wood e CULTURA FÚNGICA. O tratamento tende a ser longo, pois o sistema imunológico não é capaz de agir em tecidos mortos, como a pele, pelos e unhas, podendo varias de semanas à meses. Nada de achar que "parece fungo", é preciso identificar o fungo M.V. Rosana Branquinho Dermatóloga Veterinária Dermatopatas (61) 3202 3334 |
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Julho 2017
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